segunda-feira, 11 de junho de 2007

Rotina


Mais uma vez ninguém olhou pra lua
Já é tarde as casas dormem no mais profundo silencio
As ruas lentas escondem algum mistério
Os homens dormem
Os pássaros já deram seu ultimo canto
Apenas o vento passeia livre pela rua
A lua calada ilumina a cidade q repousa tranqüila
O dia foi embora mais uma vez
Sem ninguém perceber
As horas passam
E com ela levam a lua
Os corpos despertam e tomam seus lugares
O movimento vai tomando conta das ruas
Os pássaros tossem com a fumaça
Muitos barulhos, muitos gritos.
O sol brilha muito forte o calor é insuportável
Os homens correm pela cidade
Ninguém olhou a beleza do céu nem o azul do mar
E as horas passam
E com ela levam o dia
As horas levam a juventude, levam a beleza
Levam a nossa vida
Faça com que as horas levem a rotina
Seja dono do seu tempo
Seja seu

Felipe Argiles Silveira

2 comentários:

Unknown disse...

Como que deixamos os dias passarem sem darmos a verdadeira importancia para as pequenas e mais simples coisas de nossas vidas,nos acomodamos...sabemos que todas coisas belas que fazem perte do nosso dia estarão sempre la...não apreciamos a lua porque sabemos que a cada anoitecer ela vai estar la,não apreciamos o canto do passaro porque ao amanhecer ele estará cantando novamente...Mais um belo poema,e além de apreciar todas essas coisas dentre elas os mais belos poemas escritos por vc!!!!
Parabens Felipe...

francisco disse...

A delicadeza das palavras e a pureza das observações de teus poemas falam da vida como você há vê, leve e pronta para ser vivida.
Não precisamos de complexos de qualquer gênero e discussões intermináveis sobre relacionamentos para superar momentos e construir etapas. Precisamos olhares, sentidos atentos ao nosso entorno. Precisamos do outro sempre inteiro a nosso lado, nunca em metade, fracionado. Tua poesia procura o concreto e o abstrato no mesmo instante e objeto. Isso só consegue quem eleva a consciência aos limites de busca do que significa ser humano.
Continua tua jornada. Uma sugestão, se me permite, leia “Assim falou Zaratustra”,(Nietzsche).