quinta-feira, 20 de março de 2008

Múltipla

Em uma, torna-se pouca
Em pouco torna-se tantas
De várias se faz,
De Rosas, Marias e Yaras
Nos cantos é silencio,
Das palavras poesia,
Dos poetas é voz

E no vai e vem das formas
No mal e bem das horas
Em todos seus cheiros, gostos e rostos,
Para tantos, todos outros seus,
Dar fim ao peso das horas que somam,
Seus olhos de uma
Seus beijos de outra,
Contra o tédio, e o fardo do tempo,
É dose forte e única.


Felipe Argiles Silveira