sábado, 21 de março de 2009

Solitário sentido

Desejo a todos
Um pouco de paisagem morta
Poesia torta, no reclamar dos ventos
No vai e vem dos tempos o decifrar absurdo

Desejo a todos
Um pouco de mundo
De fundo cansado, de olhos virados
Gozo e desejo, dos gritos mais surdos

Silêncio pros cegos,
Meros instantes em passear vagabundo
Deserto infinito de outonos passados

Paisagens pros mudos,
Inconstância, sentido indecifrado
Seca em silêncio no retorno de tudo

Felipe Argiles Silveira