sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Boca

Quero uma boca,
Boca que me fale, que me conte incansavelmente
Boca que me beije a exaustão
E morda, quando assim sentir necessário

Boca que me canse de poemas
De besteiras a toas,
Boca que me julgue aos seus gostos
E de desejo aperte os lábios

Que contra monotonia e o tédio,
Me afogue em saliva, sufoque em silêncio
Em todas as horas que as palavras sobram.


Felipe Argiles Silveira

2 comentários:

ricardo disse...

SER
TER QUE SER
SER SEM QUERER SER
SENTIR SEM SENTIR POR NÃO SER
ERGUER SEM SENTIR
POR SER ADVERSO AO SER POR SER
MAS SENDO O QUE SE PODE SER
E NÃO SER O QUE SE QUER SER
SENTMENTOS CONFUSOS
CONFUSÃO DE SERES
SER ALGO
SETIR ALGO QUE NÃO SE QUER
MAS SENTIR QUE É NECESSÁRIO SER
O QUE SE PODE SER
O QUE SE DEVE SER PARA SER ALGO
QUE NÃO SE QUER SER
MAS QUE NOS OBRIGAM A SER
SIMPLESMNTE POR TER QUE SER

Alina Souza disse...

aonde tu aprendeu a escrever tão bem assim? hehehe, a Lú disse que vc nem é tão fã dos livros (?). Mas é impossível escrever tão bem assim sem a cultura dos livros. Ela disse que vc toca música, decerto é isso que ajuda. A música é pura poesia.