terça-feira, 18 de setembro de 2007

O tamanho das coisas

Tem horas que pensamos não saber de nada, tudo é tão vago, tão superficial.
Desaprendemos a reconhecer coisas simples e especiais.
A chuva não molha mais ninguém, as cartas viraram e-mails e chegam todos os dias, as conversas e os olhos são separadas por um vidro, as coisas estão sempre tão perto e os sonhos acabam ficando sempre tão longe.
Olhar nos olhos de alguém é muito raro...
Conhecemos tantas pessoas que não temos tempo de mostrar quem somos e ficamos com medo. Medo desse lugar, onde errar não é humano e o humano não tem lugar.
Cada um esconde-se como consegue, guarda seus medos, seus versos e flores.
Encontrar alguém pra dividir parece sem sentido nesse mundinho, solitário com tantas pessoas onde acumulamos pros outros e sem nada ficamos.
A vida continua do mesmo tamanho, nos que vamos diminuindo...

Felipe Argiles Silveira

2 comentários:

Poesia no quintal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Poesia no quintal disse...

Muito bom!!!! mais uma obra!!! o que não faz uma cerveja numa mesa de bar hein!!! heheh e o livro cada vez tá melhor!!!! abração!!
Cássio!