segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O tempo do tempo

O que me deixa assustado não são as bombas, as guerras, as mortes
Também não me assusta o ódio, os gritos, os berros
Não tenho medo dos homens, não tenho medo dos mortos
Não me assustam os temporais, os ventos e os erros

O que me faz pensar não são os descobridores do novo
O que me deixa perplexo não são os gênios nem os tolos
Não me apavoram as ações nem os atos pensados
Não me intrigam os faróis, nem os barcos e o espaço

O que me deixa encucado são verões, os verões passados
Os sorrisos perdidos e os beijos não roubados
O que me deixa cansado são os medos esquecidos

O que me deixa caduco são os outonos, os outonos passados
E as lembranças, as histórias, os amores, e se forem todos esquecidos?
O que me deixa assustado são os sonhos que deixamos de lado.


Felipe Argiles Silveira

2 comentários:

Gabrielle Winck disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gabriel Espiga disse...

poesia é magia para além do i maginário!

é bom te ver ao pé da letra!

abração