terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O eterno reciclar

Não leve a vida tão seriamente
É necessário um pouco de “graça”
Como essência de nossas histórias
Tudo não passa de uma grande brincadeira
Brincadeira de roda, esconde-esconde...
A vida é uma história que se conta ao cair da tarde
É fundamental, básico e indispensável a “graça”
Arrancar sorrisos, despertar curiosidades,
Camuflar desejos entre linhas...
É tudo uma grande brincadeira

Falo então, para aqueles que levam tudo tão a sério
Que trocam alegrias presentes por planos distantes,
As realizações futuras dependem do bem estar momentâneo,
Digo pra todos os senhores da verdade
Para os sanos perfeccionistas
A beleza do erro esta na graça da descoberta,
Berro para todos os exatos
De caras amarradas e ares supremos
A graça esta na simplicidade das coisas
E tudo, um dia, vira história,
O tempo vem e transforma lembranças em contos
Sorrisos passados em novos sonhos
E a vida recicla.


Felipe Argiles Silveira

domingo, 4 de janeiro de 2009

Ano novo

Ano novo é sinônimo de conclusão,
Mesmo não sendo o fim de nada
É passagem pra novas descobertas,
Novos pensamentos, planos inimagináveis
Loucuras impensáveis, um cafezinho no balcão e uma saudade antiga.

São novos motivos a serem apoiados,
Trocas e afirmações que rodopiam em uma caixa chamada tempo
Um novo ano não foi feito pra deixar arrependimentos,
Desejos irrealizados, pessoas para trás
Ano novo é motivo de curiosidades novas,
Cheiros novos, bocas, peles e uma calça velha.

Ano novo é a simples continuação do tempo,
Tempo velho, tempo antigo, tempo novo
O tempo que puxa todos aos chãos
Não é causa de medo nem desespero,
Mudanças radicais nas agendas de páginas amareladas
Ou atenção redobrada nos passos seguintes

Ano novo é um dia comum...
Um desses dias que vieram antes de ontem, depois de amanha,
É dia novo, mundo novo, coisas novas,
Saudades, conversas passadas, carinho em silêncio, olhar tranqüilo,
São dias com sol e chuva, frio e calor, fantasias e realidades...
E como todos os outros dias, tornam-se sinônimos de conclusão,
Mesmo não sendo o fim de coisa alguma.


Felipe Argiles Silveira