terça-feira, 26 de agosto de 2008

Palavras soltas

As vezes eu anoto palavras soltas em folhas de papel. Depois, as leio e tento decifrar... Como é difícil saber o que passava pela nossa cabeça naquele momento. Todas as linhas de pensamento se desalinham e as palavras soltas, acabam por não dizer nada. Palavras soltas enchem páginas de idéias, de sensações que ate passam despercebidas por nossas mentes pré-ocupadas com milhões de problemas insuportavelmente importantes e ao mesmo tempo tão inúteis.
Pensar e pensar... Pra quem eram aquelas palavras? E o que eram? Seria uma música que eu gostei? Algum trabalho que eu tinha que fazer? Algo que eu precisava entregar? Uma poesia? Quem sabe palavras que guardei pra alguém... Acho que nunca vou descobrir...
Pensar e pensar... Não deveria ser muito importante, afinal são apenas letrinhas! Melhor esquecer esse papel, pode ser algo que eu não queira lembrar... Uma briga, uma saudades, uma desilusão... Na verdade são apenas palavras, o que realmente importa era o contexto, o mundo em volta, quando elas acabaram caindo no bilhetinho.
E essa desorganização e todo seu lado criativo? Quantas possibilidades abertas, idéias malucas, viagens e pensamentos apenas por falta de “ordem”. Como acabamos, inconscientemente, nos auto limitando... Perdendo oportunidades de navegar sem rumos por ai...
Ultimamente venho dando mais importância as palavras soltas... Palavras são como pessoas, por trás delas há uma infinidade de significados a serem descobertos, de mistérios a serem revelados, de sentimentos... Acho que “palavras soltas” e pessoas têm muito haver, sempre na busca incansável pelos seus sentidos.


Felipe Argiles Silveira

2 comentários:

Unknown disse...

aaameeeeiiiiii!!

Paty Reis disse...

Adorei a tua crônica, muito inteligente, parabéns.