Por um instante no dia todos perdem a consciência
O mundo ensurdece na frente dela
Olhos voltados para uma caixa escura
Onde dentro há cores que mudam todo momento de lugar
Embaralham, enrolam olhos vidrados
Olhos cansados do preto e branco dos dias
As cores dançam com leve vento,
E a imaginação cansada do peso do tempo,
Descansam nos segundos que se vão.
As flores morrem com a rotina,
Na caixa mágica a rotina é inventada
Tudo se cria da maneira que se deseja
Porém influencia na rotina de cada um
Manipula-se vidas mortas com alegrias coloridas,
Fazem a vida perfeita,
Jogam todos os defeitos em um futuro falecido,
E na hora da continuidade da história,
Onde o nada e a monotonia tomariam conta de todos,
Simplesmente três letras coloridas anunciam um ponto final
E daí?
E agora?
O que será dela sem seus problemas?
Mas isso não tem importância
Problemas novos virão amanhã
Idênticos aos já resolvidos, mas novos
Soluções fáceis geram problemas complexos.
Porém os olhos cansados se encantam
Até lágrimas escorrem no meio de toda poeira
E o cheiro e o gosto de realidade
Acho que nunca sentiremos.
Felipe Argiles Silveira
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
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