O que me deixa assustado não são as bombas, as guerras, as mortes
Também não me assusta o ódio, os gritos, os berros
Não tenho medo dos homens, não tenho medo dos mortos
Não me assustam os temporais, os ventos e os erros
O que me faz pensar não são os descobridores do novo
O que me deixa perplexo não são os gênios nem os tolos
Não me apavoram as ações nem os atos pensados
Não me intrigam os faróis, nem os barcos e o espaço
O que me deixa encucado são verões, os verões passados
Os sorrisos perdidos e os beijos não roubados
O que me deixa cansado são os medos esquecidos
O que me deixa caduco são os outonos, os outonos passados
E as lembranças, as histórias, os amores, e se forem todos esquecidos?
O que me deixa assustado são os sonhos que deixamos de lado.
Felipe Argiles Silveira
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Além dos olhos
Tem coisas quem precisam ser sentidas,
Não podem ser explicadas nem ditas
Existem razões, simples e apenas razões
Para óbvio, o previsível,
Não ser assim discutido
Não ser assim tão simples
E existem tantas razões...
Para o sempre,
Razões para o simples, lógico continuar
E tão certo e monótono seguir do tempo
E tão raso e cego caminhar
Existem as horas, somente horas...
E o tempo passa pelos caminhos estreitos
Pelos lagos, pelas ruas, pelos exatos imperfeitos
Pelas luas...
Em um infinito, eterno silenciar
Felipe Argiles Silveira
Não podem ser explicadas nem ditas
Existem razões, simples e apenas razões
Para óbvio, o previsível,
Não ser assim discutido
Não ser assim tão simples
E existem tantas razões...
Para o sempre,
Razões para o simples, lógico continuar
E tão certo e monótono seguir do tempo
E tão raso e cego caminhar
Existem as horas, somente horas...
E o tempo passa pelos caminhos estreitos
Pelos lagos, pelas ruas, pelos exatos imperfeitos
Pelas luas...
Em um infinito, eterno silenciar
Felipe Argiles Silveira
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