Quero uma boca,
Boca que me fale, que me conte incansavelmente
Boca que me beije a exaustão
E morda, quando assim sentir necessário
Boca que me canse de poemas
De besteiras a toas,
Boca que me julgue aos seus gostos
E de desejo aperte os lábios
Que contra monotonia e o tédio,
Me afogue em saliva, sufoque em silêncio
Em todas as horas que as palavras sobram.
Felipe Argiles Silveira
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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