terça-feira, 21 de abril de 2009

Ao fechar dos olhos

Imagine
Imagine tanto que adormeça
Esqueça todos e quaisquer pedaços de mundo
Pedaços que mesmo sendo apenas lembranças doem
E doem tanto quanto o sempre
Afogue suas angústias em sono leve na plenitude do simples imaginar
Perca atrás de um castelo, de baixo de uma floresta seus medos pobres
Despreocupe-se

E dentro do calar consentido
Se Transforma todo silêncio em música
E mesmo os ventos, os pássaros,
A terra, as marés, o eterno andar das rotinas
Por um instante, apenas por um instante assistirá
E assistirá calado, estanco e eufórico
A música que se espalhará com o simples imaginar
E o mundo dentro dele irá gritar aliviado em nossos ouvidos
Apenas nos nossos e assim em todos e para todos


Felipe Argiles Silveira